Convenções partidárias, momento de barganhas, conchavos e negociatas

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Jornalista Jayme Modesto

A partir de uma tematização crítica do que acontece quando da aproximação de uma nova eleição, partidos e políticos se mobilizam em busca de composições. Como podemos observar, teve início no dia 20 de julho, a temporada das composições partidárias, visando às convenções municipais, com isso, também as barganhas, os conchavos, as rasteiras e todo tipo de negociatas, em troca de um bom número de sigla, para uma boa coligação.

Agora é cada um por si e o Diabo a favor de todos, porque eles, os políticos, sabem muito bem o que fazer para alcançar seus objetivos e interesses. Hoje não há mais ideologias políticas. O que se ver na verdade, são políticos ávidos pelo poder, buscando ascensão social para si, seus familiares e amigos. O bom é saber que ainda existem muitos políticos sérios e comprometidos com os problemas do país e da sociedade.

Já as agremiações partidárias, só servem para os “pleiteantes” alcançarem os seus objetivos que é está na próxima legislatura ocupando um cargo eletivo e usufruindo das benesses originárias do dinheiro público, fruto dos impostos pagos por todos nós brasileiros, além de outras “cositas mas”. E aí, entra também os partidos nanicos e de aluguel, que neste patamar, muitas legendas, cujos “proprietários” negociam pecuniariamente espaços em coligações, eleição após eleição, a cara comercial destes tipos de partidos, aparece claramente nesta eleição de 2016 em Barreiras, e em outros municípios da região.

Esta articulação política que é considerada estratégica para um bom começo de campanha, muitas vezes pode ser desgastante tanto para os candidatos quanto para os eleitores, que também se articulam para apoiar candidato que melhor lhe oferecer vantagens, pois são poucos os eleitores que votam com consciência política, procurando eleger o candidato que tenha a melhor proposta de governo.

Com os partidos políticos servindo meramente de trampolim, essas siglas viraram alvo de “gangues” que tem como principal articulador o “dono” do partido, também chamado de presidente. Por este motivo, um pretenso candidato, de boa índole, que tem compromisso com a população, não terá oportunidade de sair candidato sem se corromper com as proposta do “dono” do partido.

É neste momento que ocorre a primeira etapa da corrupção tão endêmica no meio político, o que irá acompanhar o candidato da campanha até o seu ingresso, se for eleito em um cargo político. E esta situação o acompanhará por toda sua vida pública.

Como vivemos em um Brasil onde o processo eleitoral é movido por barganhas e conchavos entre os políticos, a meritocracia passa muito longe do centro de decisões (com raríssimas exceções). Veremos a partir de 16 de agosto, um verdadeiro duelo e um festival de baixarias, onde os já sujos tentam se limpar sujando os outros e assim sucessivamente.

Hoje, diante do profundo desgaste e da falta de credibilidade na política e nos políticos, devido à forma como vem sendo conduzido o processo, essa descrença também se espraia no gravíssimo problema ético e moral e é natural que também permeiam nas instituições públicas.

A sensação que fica é a de que os interesses pessoais e de “grupos”, quiçá associado a uma quadrilha complexamente organizada, e a solução dos graves problemas da população, como saúde, educação, infraestrutura e outros, ficam para segundo ou terceiro plano, e certamente, até o dia 2 de outubro, engoliremos mais um corolário de promessas e mentiras e adiamento das soluções dos problemas. Precisamos refletir e ter cuidado para não comprarmos, gato por lebre.


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