Eleitor, a maior autoridade


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Por Jayme Modesto

Faltando apenas 18 dias para as eleições municipais, cabe uma pergunta: Quem é o personagem decisivo no dia dois de outubro? O candidato? O partido? O eleitor? Todos óbvio! Mas o fundamental para a vitória de um candidato ou a derrota de outro, está nas mãos do eleitor. No dia dois de outubro ele será a autoridade máxima, porque definirá quem irá governar e comandar os destinos de seu município nos próximos quatro anos.

Nos últimos meses, diferente dos demais, o eleitor foi acariciado com palavras e gestos, ouvido com atenção, abraçado, beijado e principalmente bajulado pelos candidatos. Eminentes figuras políticas pedem por tudo que vote nelas. Mesmo que a história mostre que o eleitor é um ser descartáveis, que depois de eleitos os políticos são acometidos de uma espécie de amnésia sobre o que prometeram fazer, os políticos ainda insistem em jurar que suas promessas serão cumpridas e visam tão somente o bem comum, o nosso bem — e assim o farão enquanto houve o período eleitoral.

No dia dois de outubro, sua excelência o eleitor é quem terá o poder de decisão. Ou seja, aqueles que mandam e desmandam, que detêm muita força e poder, passam a depender “humildemente” da vontade de pessoas de todos os níveis, das mais humildes e de limitadas possibilidades intelectuais  e até as mais qualificadas. No regime democrático, se as leis fossem cumpridas, não haveria como empregar esses meios coercitivos para induzir o eleitor a essa decisão. A arma legal dos candidatos é o poder de convencimento através de palavras e, principalmente, através de fatos que lhes dizem respeito, ou até mesmo com a oferta de vantagens.

Orgulhem-se, pois, vossas excelências, os eleitores, de viverem num país que lhes dá essa chance. Não a desperdicem irresponsavelmente, e jamais abdiquem dela votando branco ou nulo.  Pensem nas consequências que advirão se fizerem uma má escolha. Serão pelo menos quatro longos anos em que todos nós teremos nossa qualidade de vida piorada.

Porém, se a escolha correta for feita, até condições adversas que se arrastam por anos a fio podem melhorar ou até ser resolvidas. Pensem também que o perfil do eleito, traduz o elenco de valores aceitos de quem os elegeu. Ou seja, ao se votar em determinado candidato, por óbvio estamos endossando o seu modo de ser e agir no contexto de suas atividades públicas, tanto no legislativo como no executivo. Se escolherem um incompetente, um irresponsável, um corrupto, um aventureiro ou portador de outras mazelas morais, estarão compactuando com esse candidato, estarão dizendo que aceitam esse tipo de atitude. E isso significa trair os legítimos interesses que deveríamos todos defender. E mais: ao agir assim estarão assumindo a coautoria dos danos que o candidato mal escolhido, se eleito, pode causar  aos que dependerem de seus atos.

Eleitores, tomados de tamanha autoridade, é o momento de exercê-la da melhor maneira que puderem. Claro que correm o risco de errar, mas o que vale é a busca do acerto com inteligência fundamentada em princípios éticos. Esse pode não ser um caminho infalível, mas, com certeza, é o melhor caminho. Opção não falta.

 

 

 


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