Casos de cálculo renal crescem no Verão

A estação mais quente do ano requer alguns cuidados com o corpo

A estação mais quente do ano requer alguns cuidados com o corpo, inclusive com os rins. Nesta época, os casos de cálculo renal, conhecidos popularmente como “pedra nos rins” aumentam, porque a temperatura elevada provoca maior perda de líquido, por meio do suor. Segundo Angiolina Kraychete, diretora do Instituto de Nefrologia e Diálise (INED) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia “não há dados estatísticos sobre a doença na Bahia, mas neste período quente os casos aumentam significamente”. No entanto, ela ressalta que a prevalência é de 11% na população masculina.

A médica explica que é necessário adotar alguns cuidados. “Beber bastante líquido para haja uma maior hidratação do corpo. Se você perde mais, seja através da urina ou do suor, é preciso ingerir mais também”, ressaltou. Ela disse ainda, que há uma predisposição da doença em pessoas sedentárias e obesas. “Essas pessoas possuem um perfil metabólico mais propenso ao cálculo renal, visto que não praticam atividade física e não ingerem líquido de forma adequada”, ressaltou.

Angiolina Kraychete também explicou que durante o Verão as pessoas não têm alimentação saudável. “Por ser período de férias é comum a ingestão de comidas industrializadas e ricas em sódio que facilitam ainda mais o aparecimento de cálculo renal. A dieta ideal para a saúde dos rins inclui alimentos com alto teor de água, como verduras, legumes e frutas”, disse.

A nefrologista Telma Menezes esclareceu algumas pessoas tem predisposição a ter cálculos renais e nestas pessoas é necessária a investigação para afastar doenças metabólicas. “Devem procurar um especialista para fazer uma avaliação metabólica e se for detectado distúrbio metabólico é preciso fazer um tratamento especifico”, disse. Segundo ela, o cálculo renal provoca dores horríveis, febre, náuseas, vômitos, e até sangue na urina. “O tamanho do cálculo que irá determinar a intensidade da dor”, contou.

Os cálculos renais são formados por depósitos de oxalato de cálcio. “Os cristais sólidos de oxalato de cálcio aparecem em grande quantidade em pacientes com litíase urinária”, esclareceu Telma Menezes. Para ela, a maneira mais fácil de monitorar a hidratação ideal do corpo é observando a coloração da urina. “Se estiver com aparência amarelada e escura, é sinal de que o corpo precisa de mais líquidos para manter-se hidratado e longe das doenças metabólicas. Recomenda-se beber água e sucos cítricos para se ter um volume urinário adequado”, explicou.

A pedra nos rins pode ser detectada através de um raio-X de abdômen ou um ultrassom. Se for o caso, o tratamento pode ser clínico, com ingestão de líquido, medicamentos e dieta, ou por meio de uma máquina que faz a implosão da pedra e depois, os pedaços são eliminados pela urina.

Função de eliminar toxinas

Diariamente os rins produzem entre 1,5 a 2 litros de urina — que é responsável por eliminar as toxinas geradas pelo organismo. Quando a saúde é prejudicada pela falta de ingestão de água e alimentação inadequada, os rins não conseguem expelir as substâncias tóxicas e desequilibram a função de outros órgãos, propiciando o aparecimento de diversas doenças. Além de eliminar toxinas, o órgão também é responsável pela regulação da pressão arterial e o controle da quantidade de sal e água do corpo, e também filtram o sangue e produzem hormônios que evitam anemias e doenças ósseas.

Fonte: Tribuna da Bahia

http://www.tribunadabahia.com.br/2016/12/16/casos-de-calculo-renal-crescem-no-verao


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