Mães de bebês com microcefalia têm dificuldade de obter benefício do INSS

Medidas preveem aceleração de pesquisas para diagnósticos e vacinas.
Grupo de comunicação tentará debelar boatos que atrapalham esforços.

Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), durante coletiva de imprensa em Geneva, na Suíça. A entidade declarou o caso do vírus zika uma questão de emergência de saúde pública internacional (Foto: Pierre Albouy/Reuters)

Margaret Chan, diretora-geral da OMS, que assina o plano global antizika (Foto: Pierre Albouy/Reuters)

A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que vai precisar de US$ 56 milhões para implementar seu plano de combate à disseminação do vírus da zika. O projeto tem duração prevista até junho, quando deve ser reavaliado.

O “Plano de Arcabouço para Reação Estratégica e Operações Conjuntas”, elaborado pela entidade, inclui medidas como fortalecimento de vigilância para a doença, combate ao mosquito, trâmite acelerado para pesquisa de vacinas e desenvolvimento rápido de diagnósticos.

Do total necessário ao projeto, US$ 25 milhões seriam bancados pela própria OMS e pela OPAS (Organização Panamericana de Saúde) e outros US$ 31 milhões sairiam de parceiros.

O montante anunciado, que servirá para coordenar os esforços de combate ao vírus, não inclui gastos de pesquisa prometidos por países individualmente e as verbas necessárias para pesquisa anunciadas por laboratórios privados e universidades.

É provável que, no setor de pesquisa, a maior parte do dinheiro não seja aquele canalizado para a OMS. O governo dos EUA, por exemplo, está negociando a liberação de US$ 1,8 bilhão para um fundo de emergência de combate ao vírus, que vai bancar cientistas trabalhando no problema.

Distribuição da verba
A primeira das duas metas de pesquisa anunciadas pela OMS é entender a ligação entre o zika e a síndrome de Guillain-Barré. A segunda é acelerar a criação de vacinas, diagnósticos e terapias. Essas duas iniciativas receberão US$ 6 milhões inicialmente.

Outro objetivo do plano é tornar mais homogênios os critérios para diagnóstico e notificação da infecção pelo vírus e seus males associados, de forma que fique mais claro o mapa da epidemia. Esse segmento do plano dedicado à vigilância da epidemia e ao mapeamento de distribuição doAedes aegypti, receberá US$ 7 milhões.

O atendimento a gestantes com zika e acompanhamento de mães de crianças nascidas com microcefalia também estão contemplados no projeto, com US$ 14,2 milhões alocados.

O plano também possui um braço de ação comunitária e comunicação para explicar os riscos associados ao zika em áreas afetadas e promover o comportamento adequado. Esse setor do plano contará com US$ 15,4 milhões. Parte da verba também se destina a “desmentir boatos e equívocos culturais”, além de “reduzir a ansiedade” e “lidar com o estigma” em torno da doença.

O braço do plano para “controle de vetores” (combate ao mosquito) contará com US$ 6 milhões inicialmente, dirigido a países que abrigam o Aedes. Parte da verba também deve ser usada para distruibuição de repelentes, com prioridade para gestantes e mulheres em idade fértil.

O esforço de coordenação entre todas essas áreas deverá custar US$ 6,1 milhões.

A OMS não detalhou quanto cada país vai receber de todo o montante previsto no plano. O fator vai depender de três fatores: a presença do Aedes no país, o registro de casos de zika e a presença de malformações e síndromes neurológicas associadas ao vírus.

Fonte: G1/Bem Estar

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/02/plano-da-oms-para-combate-ao-zika-custara-us-56-milhoes.html


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