Microcefalia já tem mais de 50 casos suspeitos por dia no país

Por causa disso, o Ministério da Saúde resolveu até mudar as regras para doar sangue. O combate ao mosquito Aedes aegypti também foi reforçado.

 

O Brasil registrou, na última semana, mais de 50 novos casos suspeitos de microcefalia por dia.
A situação chegou a tal ponto que o Ministério da Saúde resolveu até mudar as regras para a doação de sangue.

A situação é muito difícil, é complicada, é preocupante e todo mundo tem que estar junto neste momento para afastar esse perigo. Tem que fazer uma varredura em casa. O Ministério da Saúde reforçou o combate ao mosquito em todo o país com 300 mil agentes de saúde e também o Exército.

Em uma semana, foram 381 casos suspeitos a mais de microcefalia no país. O número subiu de 2.401 para 2,782. As mortes suspeitas de terem sido causadas por microcefalia também aumentaram de 26 para 40.

O Ministério da Saúde não revelou no balanço desta terça-feira (21) o número de casos confirmados da malformação. O motivo seria a dificuldade na identificação da doença nos estados.

Os casos ocorreram em 618 municípios em 19 estados, mais o Distrito Federal. Pernambuco ainda tem o maior número de casos: 1.031. Depois, vem a Paraíba,com 429, Bahia, com 271, Rio Grande do Norte, com 154, Sergipe, com 136 e Ceará, com 127. N Região Sudeste, o Rio de Janeiro tem o maior número de casos, 82. E no Centro-Oeste, Mato Grosso, com 78.

Já os estados que têm mais mortes sob suspeita são o Rio Grande do Norte e a Bahia, com dez casos cada um.

O governo estabeleceu uma meta de, até 31 de janeiro, visitar todas as casas do país em busca de focos do mosquito Aedes aegypti, que transmite o zika vírus, causador da microcefalia. Isso vai ser feito por 300 mil agentes de saúde e por homens do Exército.

O Ministério da Saúde fez um alerta para quem está pensando em viajar. Fazer uma vistoria geral em casa porque nesta época de férias, o Aedes aegypti pode se reproduzir em um vaso de plantas, por exemplo, durante uma viagem curta, entre 5 e 10 dias.

Depois de ter dengue, Pedro Queiroz está preocupado com o zika. Garrafa largada em casa agora só boca para baixo, enfeitando uma árvore.

“Resolvi fazer essa arvore aqui com as garrafas tudo de cabeça para baixo para que a dengue não venha fazer moradia nelas, né”, diz ele.

O governo está preocupado também com as doações de sangue. Depois da suspeita de contaminação pelo zika virus em uma transfusão de sangue em Campinas, São Paulo, o Ministério da Saúde mudou as orientações para os hemocentros.

Na triagem de doadores, os laboratórios vão reforçar perguntas sobre a ocorrência, nos últimos 30 dias, de febre, dores articulares e musculares, manchas no corpo, diarreia e vômito.

Quem foi infectado pelo zika fica impedido de doar sangue nos 30 dias depois da recuperação completa.

Quem apresentar os sintomas do zika sete dias depois da doação deve avisar o laboratório.

E os hemocentros deverão acompanhar os receptores duas semanas depois da doação.

“A mensagem fundamental que a gente quer deixar neste momento é que não há motivo para a queda da doação,  especialmente no período de verão, que é quando caem os estoques, mas, por outro lado, aumenta a demanda porque nós temos o período de festas, de muitas viagens, de acidentes, e há necessidade de que os estoques de sangue dentro dos hemocentros estejam adequados para isso”, diz o Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.

Fonte: G1/Bom dia Brasil

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2015/12/microcefalia-ja-tem-mais-de-50-casos-suspeitos-por-dia-no-pais.html


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