Por que é tão difícil e demorado, a conclusão da tão sonhada, almejada e necessária reforma política? O Congresso promete, promete, mas tudo não passa de promessas, não querem cortar seus próprios privilégios, assim, as mudanças estruturais na política brasileira não acontecem. A vontade congressista de que tudo continue como está é bem maior, mais sumária e violenta que a
“singular” vontade do povo brasileiro.
Mesmo acossado pela pressão da sociedade, o Congresso não agiliza na rapidez necessária. De promessa em promessa, de mês em mês, de ano em ano, a população espera pela reforma política que nunca chega. O parlamento trabalha acossado pelas manifestações de todos os segmentos, algumas absolutamente até reprováveis, mesmo assim, tudo continua como antes. Não podemos
desistir, a reforma precisa ser feita, nem que tenha que cortar na carne do próprio Congresso Nacional e, com o efeito cascata, descer até as Câmaras municipais. Afinal, austeridade é o que o povo quer.
Todos nós sabemos que a reforma política é urgente e fundamental, a minha dúvida é saber se estes deputados e senadores, eleitos neste processo político viciado, que só privilegia seus interesses, farão uma reforma que de fato mude e dignifique o fazer política, extirpando a corrupção
e acabando com as falcatruas dos políticos. E porque isso? Para evitar que continuem fazendo leis novas, mas que só beneficia as velhas raposas que sempre se locupletaram com o dinheiro dos nossos impostos? Essa forma de fazer política, aumentando seus próprios salários em 67%, quando a inflação do ano não ultrapassou 6,5%. O velho jargão “sempre foi assim”, não podemos mais aceitar que isso prevaleça em um país que pretende ser um dia uma potência no mundo, tem tudo para isso. E se foi “sempre assim”, está na hora de mudar.
Sabemos que os políticos “tradicionais” tem horror à reforma política, porque ela pode mudar os vícios da situação eleitoral atual, onde eles usam e manipulam o eleitor desinformado e nem se quer são cobrados.
Claro que o Congresso legisla para uma forte austeridade sobre si mesmo e não é algo que se possa qualificar, exatamente, de simpático aos olhos do povo. Mas, com certeza, a maioria fará o que a população quer. O interesse explica os fenômenos mais difíceis e complicados da vida política e, por isso, devemos fazer algo em linha direta com a vontade soberana do povo.
Resumo da proposta
Leia o resumo da proposta da PEC 182/2007, apresentada pelo relator.