A rejeição de todos os 23 recursos impetrados foi confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região na tarde da última quinta-feira. Com isso, o concurso para juiz trabalhista – que teve 2.600 inscritos – ficou mesmo sem nenhum aprovado. Agora, ou o TRT-5 realiza remoção de magistrado do interior ou promove novo certame, visando preencher pelo menos 10 postos vagos.
A 3ª etapa do concurso consistia em uma prova de sentença, e um total de 61 candidatos, classificados nas etapas anteriores, participaram dela, mas não conseguiram alcançar a nota mínima, que era 6 (as maiores notas apuradas chegaram a cinco). Embora o resultado cause estranheza, o procedimento foi acompanhado pelo desembargador Edilton Meireles, pela juíza do Trabalho Ana Paola Diniz e pelo advogado Nizan Gurgel.
Ouvida pela Tribuna, a presidente da Associação dos Magistrados Trabalhistas da Bahia, Andrea Presas, destacou que é até frequente concursos para juiz do trabalho sem aprovação ou com poucos selecionados. Antes, a Bahia já havia registrado certame com um aprovado apenas.
Os candidatos reprovados criticaram a prova, mas o exame foi defendido pela presidente da Comissão de Concursos da Ordem dos Advogados do Brasil da Bahia (OAB-BA), Taíse Bandeira. “Os candidatos não conseguiram identificar pontos básicos e fundamentais para a questão. Prescrição de créditos trabalhistas, por exemplo.”
Fonte: Tribuna da Bahia
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