Fonte:DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou nesta quarta-feira o lançamento de um foguete de longo alcance realizado pela Coreia do Norte.
Em breve comunicado, o Conselho disse que o lançamento viola resoluções que banem qualquer lançamento balístico ou nuclear, adotadas depois que o país realizou testes nucleares em 2006 e 2009.
O Conselho afirmou ainda que, depois da falha no lançamento realizado em abril deste ano, ordenou que a Coreia do Norte abortasse qualquer lançamento utilizando tecnologia balística e já havia expressado sua determinação em agir caso isso ocorresse novamente.
Membros do Conselho de Segurança continuarão discutindo uma resposta apropriada, considerando a urgência da questão, segundo a nota.
O embaixador da Coreia do Sul para as Nações Unidas, Kim Sook, disse a repórteres que o lançamento era uma patente violação às resoluções e representa um desafio muito perigoso à segurança de seu país e do nordeste da Ásia.
Susan Rice, embaixadora dos EUA, elogiou o Conselho por uma das respostas iniciais mais fortes e rápidas a violações de sanções. Ela disse que os membros têm agora que mandar uma mensagem clara de que as violações têm consequências e disse aos repórteres que os Estados Unidos vão trabalhar com outros países para tomar as medidas apropriadas.
O porta-voz do Conselho de Segurança, Tommy Vietor, disse em Washington que a comunidade internacional deve trabalhar junta para mandar uma mensagem clara para a Coreia do Norte sobre as consequências das violações.
Ainda não ficou claro se a China, aliada mais próxima da Coreia do Norte vai concordar com novas sanções.
O país declarou nesta quarta-feira que “lamenta” o lançamento do foguete de longo alcance, considerado por muitos países do ocidente um míssil balístico disfarçado, pela Coreia do Norte. É primeira vez que usa essa palavra no contexto do programa norte-coreano.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hong Lei, também disse que o direito da Coreia do Norte a um programa espacial com fins pacíficos estava sujeito a limitações por resoluções relevantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, uma linguagem um pouco mais dura do que a que a China usava para falar do assunto no passado.
“A Coreia do Norte, como membro das Nações Unidas, tem a obrigação de agir de acordo com resoluções relevantes do Conselho de Segurança”, disse Hong em seu informe diário em Pequim. Entretanto, ele não chegou a dizer se a Coreia do Norte tinha cumprido essa obrigação ou se a China tinha sido avisada com antecedência sobre o lançamento desta quarta-feira.
O Japão foi o primeiro país a pedir que o Conselho tome algum tipo de ação na questão do míssil norte-coreano. Segundo a imprensa japonesa, Tóquio, Washington e Seul estão de acordo em adotar novas sanções no Conselho de Segurança contra a Coreia do Norte, em níveis equivalentes aos impostos ao Irã.
A chancelaria em Seul condenou “energicamente” o lançamento do foguete Unha-3 e denunciou as “provocações” da Coreia do Norte.