O dólar comercial opera em alta nesta sexta-feira (31), mesmo após o Banco Central ter surpreendido o mercado ao elevar a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, para 8% ao ano na noite de quarta-feira (29). O mercado especula se a autoridade monetária intervirá para impedir que o dólar continue a subir, evitando pressões inflacionárias adicionais.
A moeda norte-americana subia no exterior nesta sessão, diante do movimento de aversão ao risco nas praças financeiras internacionais.
Perto das 9h20, o dólar subia 0,49%, para R$ 2,1240 na venda.
Na quarta-feira, a moeda encerrou em alta de 1,90%, cotada a R$ 2,1136.
Os investidores agora aguardam a reação do BC após a divisa superar o nível de R$ 2,10 – que foi fortemente defendido pela autoridade monetária no ano passado.
Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) endureceu o combate à inflação e acelerou o ritmo de alta da Selic, elevando-a em 0,50 ponto percentual, acima do que a maioria do mercado de DI apostava.
Na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a valorização da moeda norte-americana não é uma preocupação para o governo e que o câmbio não será usado como ferramenta para combater a inflação.
Ele defendeu neque a valorização do dólar é um movimento internacional em resposta às especulações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), reduza seu programa de estímulo monetário.
As declarações de Mantega reduziram um pouco a expectativa de que o BC intervenha no mercado para conter a alta da moeda norte-americana, movimento que geralmente se traduz em repasses aos preços.
Fonte: G1
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