Fonte: isaudeBahia.com.br
Em dezembro de 2011, a Câmara aprovou um projeto que proíbe os pais de baterem nos filhos. Então surge o questionamento: qual é mesmo a importância de não bater em crianças e adolescentes?
Inicialmente vale lembrar que castigo físico envolve uma série de comportamentos que variam em natureza, intensidade e, por isso, podem desencadear consequências diversas para o agredido.
Os mais evidentes efeitos são os físicos, que, tanto podem ser leves a ponto de serem imperceptíveis visualmente quanto gravíssimos, como: fraturas múltiplas, sangramentos nos olhos ou no cérebro, resultantes do movimento de chacoalhar, o que pode levar à morte da criança ou do adolescente.
Há também as consequências emocionais, cognitivas, sociais, dentre outras, que podem ser bastante prejudiciais para os filhos agredidos. Em longo prazo, eles podem ficar excessivamente agitados ou desenvolver distanciamento emocional.
O vínculo com os pais pode ficar comprometido, caracterizado pelo medo e alternância entre comportamentos de aproximação e evitação.
As crianças que sofrem agressões físicas de maior gravidade demonstram pouca sensibilidade às emoções dos outros, expectativas mais negativas em relação às pessoas, menos confiança nelas e dificuldade para iniciar e manter um relacionamento social. São mais propensas a interpretar estímulos ambíguos como agressividade e respostas no mesmo padrão recebido.
O desempenho escolar pode ficar prejudicado quando a relação pais-filhos é tão disfuncional que chega a diminuir os estímulos recíprocos. Muitas crianças que sofreram agressões físicas também se tornam pais agressores.