Quem correr às lojas em Salvador para fugir do aumento ainda consegue pegar os preços com o imposto em baixa. Foi o caso do aposentado Alfredo Maia, que há dias pesquisa os valores do fogão quatro bocas. “Eu já vinha pesquisando, mas resolvi comprar hoje porque soube que o IPI ia começar a subir hoje, então vim logo cedo tentar pegar o mesmo preço”, afirmou o aposentado na manhã dessa terça-feira (1/10), durante  compra numa  loja  localizada na Avenida Sete.

A Tribuna percorreu as principais lojas de eletrodomésticos e imóveis do centro da cidade e, até o final da manhã dessa terça-feira (1/10), nenhuma havia repassado o reajuste do IPI aos preços. De acordo com os gerentes de vendas do  Magazine Luiza e da Ricardo Eletro a comunicação de mudança de preços ainda não havia sido repassada às franquias das lojas.

No caso do Magazine Luiza situado na Avenida Sete, os preços da loja sofreram reajuste, mas segundo o gerente  Marco Antonio, a mudança não está relacionada ao IPI, mas sim ao período do mês. “Não é nada ligada ao IPI. Sobre isso ainda não temos informações. São reajustes que acontecem no início de todo mês. Alguns preços chegaram a cair”, informou.

Na Insinuante, as placas com os novos valores já estavam em fase de preparação para valer a partir de hoje. Nas Casas Bahia, os preços variam todos os dias, independente da cobrança do imposto, segundo informaram vendedores da rede.

Abaixo da alíquota original

O aumento no IPI não supera a alíquota original do imposto, permanecendo abaixo do valor cobrado normalmente por alguns eletrodomésticos. A geladeira é um dos itens que, apesar do aumento, ainda se mantém com a cobrança abaixo de IPI, subindo de 8,5% para 10%, quando geralmente a alíquota cobrada era de 15%.  O valor do imposto cobrado nos móveis também sofreu um leve reajuste de 3% para 3,5%, ainda ficando longe dos 5% exigidos antes da redução do IPI com início no ano passado, assim como alíquota cobrada na venda de tanquinhos, que subiu 0,5%, indo a 5%.

Já o imposto cobrado na máquina de lavar, se manteve estável em 10%, diferente do IPI cobrado sobre fogões que retornou ao valor adquirido antes da redução, 4%. Em números reais, o valor do reajuste varia de acordo com o preço dos itens. De acordo com o governo federal, o reajuste é fruto do resultado esperado na economia com o aumento do consumo. “As vendas estão indo bem nestes setores, a produção está regular e o nível de utilização da capacidade instalada está regular”, informou o secretário de Política Econômica do ministério, Márcio Holland, ao anunciar o reajuste.

Fonte: Tribuna da Bahia