Texto e fotos: Cheilla Gobi – cheilla@jornalgazetadooeste.com.br
Nesta terça-feira, 24, a greve dos bancários entra no seu sexto dia. Em Barreiras, região oeste da Bahia todas as agências estão com serviços paralisados, neste período, o atendimento nos bancos públicos e privados só está sendo realizado nos caixas eletrônicos, alguns serviços são disponibilizados em correspondentes bancários e casas lotéricas, mesmo assim a greve que é por tempo indeterminado já começa a prejudicar alguns clientes e a Federação Nacional dos Bancos – Fenaban, até o momento não se manifestou.
Nathaly Ribeiro, auxiliar administrativo afirmou que está precisando ter acesso às dependências da agência do Banco do Brasil para solucionar uma pendência, mas até agora nada. “Desde a semana passada que eu venho lutando para resolver a tal pendência, e não consigo, enquanto isso fico recebendo ligações insistentes, por parte da cobrança do banco, e com esta greve não tenho como resolver a contestação que inclusive é indevida, mas que eles afirmam constar”, assegurou.
Os bancários querem 11,93% de reajuste salarial e a Fenaban insiste no reajuste linear de 6,1% para salários, pisos e benefícios.
Balanço divulgado no início da noite desta segunda-feira (23) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) informa que a greve fechou 9.015 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados no terceiro dia da paralisação nacional da categoria.
Em Barreiras representantes do Sindicato dos Bancários do Oeste estão enfrentando resistência por parte de uma agência em Barreiras, que insiste em remover os cartazes que informam a greve.
De acordo com o presidente do sindicato, Alcione Sampaio, a direção do HSBC justificou está preocupada com a imagem da agência perante a sociedade. Segundo Sampaio a direção garantiu que os cartazes irão permanecer. “Após uma ação mais condizente a direção garantiu que os cartazes irão continuar, vamos aguardar”, disse o presidente do sindicato.
Sampaio falou ainda que há expectativa por parte da categoria em serem convocados para uma assembleia nesta terça-feira. “Esperamos uma posição positiva da Fenaban, para que tudo volte a normalidade.
Além do reajuste salarial, os bancários reivindicam PLR: três salários mais R$ 5.553,15; Piso R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese); Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional); Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários; Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas; Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários; Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação; Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários; Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.