Dificuldades de ereção aumentam risco de um problema cardíaco

Homens que têm dificuldade de ereção estão mais propícios a ter problemas cardíacos, é o que aponta o estudo da Universidade Nacional da Austrália, publicado pela revista “Public Library of Science” (PLoS).

Conforme a pesquisa que avaliou 95 mil homens, acima de 45 anos, a disfunção erétil eleva o risco de um homem sofrer alguma doença cardiovascular durante a vida, independentemente de o indivíduo possuir histórico de problemas cardíacos.

Segundo o estudo, quem sofre de “disfunção erétil de moderada a grave, pode ser até oito vezes mais propenso a ter insuficiência cardíaca em comparação àquele que não apresenta a disfunção”. Na Bahia, de acordo com a pesquisa realizada pela Clínica do Homem, este problema atinge quase 50% dos homens com mais de 40 anos.

“48% dos homens baianos na faixa etária entre 40 e 70 anos atendidos na Clínica do Homem (CH), em Salvador, têm esse problema. Destes, 44% são hipertensos, 20% têm diabetes e 26% apresentam algum tipo de dislipidemia (taxas elevadas de colesterol ruim LDL)”, informou a clínica.

Segundo o urologista, especialista em andrologia, Francisco Costa Neto, “dos pacientes com mais de 40 anos que atendemos na Clínica, 62% são acometidos por escassez de testosterona ou deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM), também conhecida como andropausa. Destes, 29% apresentam problemas de ereção”, afirma.

O estudo astrauliano mostrou também que 92% dos homens que sofrem com dificuldade de ereção têm chances de apresentar doença arterial periférica (estreitamento das artérias nas extremidades inferiores); 66% de chances de sofrer um ataque cardíaco; e 60% de chances de desenvolver doença isquêmica do coração.

A disfunção erétil se dá quando ocorre a redução do tamanho e da rigidez peniana, incapacidade de obter e manter a ereção e redução do desempenho sexual.

Ainda conforme o médico, os principais sinais associados à disfunção erétil são: redução dos pelos corporais; atrofia ou ausência testicular; doença vascular periférica; neuropatia (distúrbio das funções do sistema nervoso).

Costa Neto explica que a melhor forma de prevenir é manter uma alimentação adequada, rica em frutas, verduras e legumes, e pobre em gordura, açúcar e sal. Os exercícios físicos também são fundamentais. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que se pratique 30 minutos de atividade física pelo menos cinco vezes por semana.

“Para quem fuma e ingere bebidas alcoólicas com frequência, os riscos de impulsionar o avanço da doença são ainda maiores. Portanto, se a pessoa apresenta fatores de risco como obesidade abdominal e glicemia alta, o mais indicado é procurar um médico para avaliação. Com diagnóstico precoce, é possível ter melhores resultados no tratamento”, ressalta.

Fonte: Tribuna da Bahia


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