Novo desafio em 2021

Jaime Modesto

Depois de festejar a vitória, os novos chefes do executivo de pequenos e médios municípios, caíram na real e perceberam o tamanho da encrenca que assumiram ao encontrar prefeituras em situação de insolvência.

Que a maioria dos municípios brasileiros estão quebrados não é novidade para ninguém. As administrações municipais enfrentam problemas fiscais graves, com excesso de pessoal, ineficiência na gestão, saúde ineficiente, educação em frangalhos e serviços ruins.

Com a pandemia a situação agravou ainda mais, o quadro que foi herdado pelos novos prefeitos que assumiram no dia 1º de janeiro de 2021. Isso significa que para superar as adversidades encontradas, os novos gestores terão que promover correções no plano inicial de governo programado.

A lista de problemas começa com os prédios depredados, frota sucateada, corte de energia e água, salário atrasado, 13º que não foi pago e caixa vazio, entre outros inúmeros problemas.

Em alguns municípios o absurdo é ainda maior com o sumiço de equipamentos, móveis, documentos, computadores e HD’s, o que impede o novo gestor de dar sequência aos trabalhos da máquina pública e ter conhecimento imediato da situação da prefeitura que recebeu. É começar do zero.

Um exemplo claro dessa falta de responsabilidade é a prefeitura de Buritirama, o novo prefeito encontrou uma espécie de terra arrasada, roubaram quase tudo, só não levaram o município porque não tinha como carregar. Mas nem tudo está perdido, muitos gestores apesar das dificuldades da crise financeira tiveram a consciência de deixar as prefeituras mais ou menos organizadas para os atuais gestores.

Para enfrentar a situação de caos, os novos prefeitos devem iniciar o governo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) sobre a mesa, os novos gestores terão de conter as despesas com pessoal, evitando novas contratações e aumentos salariais, reduzir a quantidade de cargos comissionados, reequilibrar os gastos previdenciários e enxugar as despesas administrativas, entre outras providências imediatas. Essas medidas, entretanto, não são populares, mas forçosamente terão que trilhar o caminho da austeridade e responsabilidade fiscal no primeiro ano de gestão.


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