É a Helicoverpa Zea, lagarta específica da cultura do milho, que avançou para outras culturas do Oeste, principalmente a soja e o algodão, chegando a dizimar algumas áreas.
Na semana passada, os produtores da região Oeste se reuniram no município de Luiz Eduardo Magalhães, para discutir o problema. Após a discussão, os produtores argumentaram ao secretário de Agricultura, Eduardo Salles, que a solução imediata é a aceleração no processo de registro dos produtos agroquímicos, uma vez que não existe nenhum produto desta natureza registrado especificamente no uso dessas culturas, para combater a lagarta.
Por vias normais, o registro pode demorar anos para ser aceito, pois depende da aprovação do Ministério da Agricultura, do Ministério do Meio Ambiente, através do Ibama e do Ministério da Saúde, através da Anvisa.
Na quarta-feira (27/2), Eduardo Salles se reuniu em seu gabinete com o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Cosam Coutinho, que veio à Salvador para discutir o problema e resolver algumas questões sanitárias. Na ocasião, foram delimitadas algumas alternativas e, em função disso, o secretário enviou ofício para o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, levou o pleito para o governador Jaques Wagner e citou que a solução seria declarar estado de emergência.
Wagner ligou para a presidente Dilma Rousseff, explicando a urgência na solução do problema. Logo em seguida, o diretor Cosam Coutinho recebeu uma ligação do secretário de Defesa do Ministério da Agricultura, Enio Marques, convidando-o para uma reunião com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), com o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ABAD) e outras entidades representativas dos produtores.
Fonte: Tribuna da Bahia
Imagem: Ilustração