Representantes da segurança pública comparecem à Câmara

ASCOM

 

Na última terça-feira (18/06), compareceram à sessão ordinária os representantes da segurança pública, Comando de Policiamento Regional do Oeste – CPRO e 10º Batalhão da Polícia Militar.

O Coronel Paulo Salomão Portugal, do CPRO, explicou como vem sendo a atuação do órgão sobre 76 municípios das regiões oeste e sudoeste. Também esclareceu conceitos e funções de segurança pública, que, segundo ele, não se refere somente a medidas de vigilância ou repressão, mas, sobretudo, à defesa de direitos sociais, conservação da ordem pública, promoção de paz e cidadania. O Cel. Salomão elencou algumas melhorias que ele considera necessárias para um melhor andamento do setor, a exemplo de videomonitoramento da área urbana, ampliação do contingente da guarda municipal, estruturação de conselho tutelar e conselho de segurança pública.

O Tenente Coronel Osival Moreira Cardoso explicou que o crescimento de problemas como a violência são inerentes ao desenvolvimento dos centros urbanos, e em Barreiras há a necessidade urgente de presídio, casa de atendimento socioeducativo e defensoria pública. “Com o aparato que temos, encontramos dificuldade em manter nossa cidade com nível tolerável de insegurança. O efetivo da PM em nenhuma cidade da Bahia é adequado; operamos usando a criatividade. A solução, na realidade, não está em torno de mais policiamento nas ruas, mas sim na implementação de políticas públicas de segurança”, afirmou.

O Capitão Vinicius Cortes apresentou dados relativos a registros de delitos, crimes e infrações na cidade. Nos quatro primeiros meses de 2013 foram registrados 372 acidentes de trânsito, 46 mil pessoas foram abordadas, 99 jovens conduzidos à delegacia, 76 armas de fogo apreendidas, 859 multas por infração de trânsito, 55 presos por tráfico de drogas.

Segundo o Capitão Vinicius, em Barreiras há uma média de um policial para cada 446 habitantes, enquanto o recomendado pela Organização das Nações Unidas – ONU é de um para cada 250. Para estar de acordo a este parâmetro seriam necessários 549 policiais, enquanto o efetivo atual é de 308. É comum que muitos policiais sejam desviados de suas funções para suprir outras necessidades, a exemplo da atuação no trânsito.

A falta de consciência civil também foi citada como entrave ao bom andamento do trabalho da polícia. “Ainda registramos um número muito alto de trotes, situação em que deixamos de atender a um caso real. Infelizmente não temos tecnologia para coibir esta ação automaticamente”, afirmou o Capitão.


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