Texto: Jayme Modesto

Foto: Facebook

Revoltados com a indefinição da justiça, a população do município de Muquém do São Francisco, Oeste da Bahia resolveram bloquear o trânsito no trevo de acesso a sede do município com a BR 242, rodovia que liga Salvador a Brasília.

Segundo informações, o bloqueio iniciou por volta das 05 horas da manhã do dia 01/07 e causou mais de 40 KM de congestionamento, uma vez que mais de quatro mil caminhões passam diariamente pela rodovia, principalmente transportando a safra de grãos do cerrado baiano para os portos de Aratu , em Salvador e Ilhéus, Sul da Bahia.

Informações passadas via telefone por um dos manifestantes, davam conta de que mais de três mil moradores, munidos de faixas e cartazes ocupavam a rodovia e que não tinha hora para suspender a manifestação.

A principal reivindicação da população é a indefinição política do município, uma vez que já se passaram nove meses, já houve duas eleições e até o momento a justiça não definiu quem será efetivamente o vencedor da última eleição, tornando Muquém o único município brasileiro onde os moradores não sabem ainda quem será o real gestor municipal. Eles querem uma definição sobre as eleições de outubro por parte do Tribunal Superior Eleitoral. Enquanto uma decisão sobre quem deve ser o novo prefeito da cidade não é tomada, o presidente da Câmara Municipal, vereador Osmar Gaspar (PT), administra a prefeitura da cidade. 

A situação é tão grave, que na missa celebrada na igreja matriz de Ibotirama no dia 02 de julho, o Bispo da Diocese da Barra dom Luiz Flavio Cappio, fez um veemente apelo às autoridades, apontando a situação de calamidade que se encontra o município. “Onde está a democracia? Chega de ditadura, a diocese está aberta ao diálogo no sentido de por fim ao inferno em que vive a população de Muquem”, afirmou o religioso.   

Para esta quarta-feira (03/07) está marcada uma nova manifestação da população em frente a prefeitura, mas segundo informações, o grupo que está comandando a administração municipal, já contratou seguranças armados para impedir que o povo manifeste sua indignação democraticamente.

Estamos no aguardo de novas informações.  

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