Depois de 24 dias de paralisação, os servidores públicos municipais de Salvador finalizam a greve. A decisão foi tomada em assembleia, realizada na manhã dessa quarta-feira (3/7), no Campo Grande. A categoria volta às atividades, hoje, após aceitar o reajuste salarial proposto pela Prefeitura de 2% retroativo a maio e 4,59% em novembro.
A proposta foi apresentada pelo secretário municipal de Gestão, Alexandre Paupério, em reunião realizada na última segunda-feira. Os servidores queriam o pagamento de 6,59% retroativo a maio, de forma que o reajuste correspondesse a um ganho real e cobrisse a inflação.
Mas, de acordo com o diretor do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Bruno Cruz, a pressão sobre alguns trabalhadores da categoria foi o fator determinante para que a maioria dos servidores votasse pelo fim da greve.”Houve um tratamento muito arbitrário com os grevistas. Isso fez com que os servidores ficassem muito apreensivos. Algumas pessoas tiveram parte do salário cortado como falta nos dias de greve”, relata. Mas, segundo ele, no acordo estabelecido com a Prefeitura ficou acertado que não haverá corte de ponto dos servidores nos dias de greve.
Apesar do fim da greve, dois assuntos continuam em pauta. “Ainda esperamos uma resposta sobre o plano de cargos e o plano de saúde, que ficaram de avaliar até a próxima semana, quando teremos uma reunião. A gente acredita e espera que eles encontrem uma solução em parceria com a gente”, salienta o diretor do Sindseps.
O secretário municipal de gestão, Alexandre Paupério, ressalta que a Prefeitura manterá o compromisso de avaliar as outras demandas dos trabalhadores. “Além da revisão do plano de cargos e vencimentos e da assistência à saúde, outros 30 itens reivindicados pelos sindicalistas serão estudados pela administração municipal”, acrescenta.
Antes do início da greve que terminou nessa quarta-feira (3/7), a categoria tinha paralisado as atividades entre os dias 10 e 24 de maio. No começo, os trabalhadores reivindicavam um reajuste salarial de 20% no vencimento base dos servidores ativos, inativos, pensionistas e de empresa pública. Durante negociações iniciais, baixaram para 15%. Além disso, entre os 119 pleitos apresentados para a prefeitura, pediam melhores condições de trabalho para os funcionários.