Fonte: Folha de SP\ Por ELIANO JORGE
Logo que o árbitro apitou o fim do primeiro tempo no Morumbi, nesta quarta-feira, quando São Paulo e Tigre disputavam a final da Copa Sul-Americana, uma confusão generalizada tomou conta dos gramados.
Atletas e comissão técnica do Tigre alegaram ter sofrido agressões dos seguranças e, por isso, recusaram-se a voltar para o jogo.
O volante argentino Martín Galmarín afirmou que, durante o intervalo, os jogadores do foram agredidos e ameaçados com armas de fogo por seguranças do São Paulo.
Néstor Gorosito, técnico da equipe argentina, falou ao canal Fox Sports que viu policiais e seguranças do São Paulo agredindo vários jogadores quando estavam no vestiário.
“Um dos caras sacou um revólver, a polícia entrou e bateu. Foi uma loucura, nos ameaçaram, é uma pena”, disse Gorosito, que anunciou que o Tigre não voltaria ao gramado por falta de garantias.
Em entrevista coletiva, após decisão do árbitro chileno Enrique Osses de encerrar a partida e dar o título ao São Paulo, os dirigentes da equipe argentina reclamaram de maus tratos e afirmaram que irão prestar queixas das agresões em uma delegacia.
“Viemos jogar uma partida, e não fazer uma guerra. Somos um time pequeno da Argentina, admiramos o futebol brasileiro, o São Paulo é um grande clube”, afirmou Sérgio Massa, diretor do Tigre.
“Nossas as atitudes [de não voltar para o gramado] sempre foram pensando, basicamente, na segurança”, acrescentou. Ele ainda prometeu fazer um protesto na Conmebol e chegou a se referir ao peso da AFA (entidade que rege o futebol na Argentina) na Confederação que, na sua visão, pode dar força ao seu protesto.
“Nunca vi uma vergonha como esta que nos aconteceu, com o tratamento que o São Paulo nos deu”, falou o presidente do Tigre, Rodrigo Molinos.
O São Paulo afirma que a delegação argentina tentou invadir o vestiário tricolor no intervalo do jogo, por um túnel interno, e, assim, deu início à briga com os seguranças do clube.
BRIGA
A confusão foi iniciada após o término do primeiro tempo, quando o meia-atacante Lucas mostrou um algodão ensanguentado para o lateral esquerdo Orban, do Tigre.
Os jogadores do time argentino não gostaram da atitude e partiram para cima do atleta. A briga ficou generalizada e só foi acalmada com a ida dos dois elencos para os vestiários.
Depois, por meio de seu twitter, o Tigre afirmou que policiais militares e seguranças do São Paulo agrediram a delegação do clube. Desta forma, o confronto foi encerrado e o clube do Morumbi declarado campeão.