Vaticano esclarece que o nome do novo Papa é apenas “Francisco” e sem o “1º”

O Papa Francisco momentos antes da benção à cidade e ao mundoO Vaticano informou nessa quarta-feira (13/3) que o nome oficial do novo papa é Francisco, sem o numeral romano.

O porta-voz Federico Lombardi esclareceu qualquer possível confusão dizendo que o cardeal Jean Louis Tauran, que anunciou o nome do novo pontífice ao mundo, disse simplesmente Francisco.

O primeiro comunicado do Vaticano sobre o novo papa acrescentou que o nome do pontífice “só será Francisco I depois de termos um Francisco II”.

O cardeal argentino jesuíta Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, foi eleito papa pelos 115 cardeais reunidos em Roma, e assumiu o nome de Francisco, sucedendo a Bento XVI como 266.º papa da Igreja Católica. 

Escolha é pessoal

A escolha do nome pelo cardeal eleito papa é pessoal. Ao ser anunciado que há papa, imediatamente o nome é divulgado. O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, será o primeiro papa Francisco. Religiosos que acompanham o Colégio de Cardeais, do qual Bergoglio faz parte, dizem que a escolha refere-se a São Francisco Xavier.

São Francisco Xavier foi um missionário cristão e é apontado como um dos fundadores da Ordem dos Jesuítas – que é a do papa eleito ontem (13). Segundo a história do santo, nas missões como evangelizador e missionário, ele conquistou a conversão de várias pessoas ao cristianismo.

A simplicidade, a proximidade com a população e a busca pela compreensão e pelo respeito à cultura local são marcas dos jesuítas. De acordo com a história, Francisco Xavier, que viveu no século 16, morreu humildemente sobre uma esteira segurando a cruz de madeira – que é o símbolo dos jesuítas. Ontem, ao ser apresentado aos fiéis, o papa usava a cruz de madeira.

O papa Francisco é da Ordem Companhia de Jesus, também conhecida como jesuíta, que foi fundada no século 16 e passou a ser conhecida por suas ações missionárias, de pesquisas e de educação. Os jesuítas defenderam as primeiras reformas da Igreja Católica Apostólica Romana. Na chegada dos portugueses ao Brasil, os jesuítas os acompanharam e atuaram na catequese dos indígenas.

Os princípios históricos dos jesuítas foram evocados nessa quarta-feira pelo papa. Ele ressaltou que uma das tarefas da Igreja é evangelizar. A afirmação ocorre no momento em que o número de católicos sofre redução em países nos quais sempre predominou, como o Brasil. O papa emérito Bento XVI demonstrava preocupação com a queda de fiéis da Igreja.

Fonte: Tribuna da Bahia


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