Vitória de Bolsonaro quebra sistema de 30 anos

Jayme Modesto

Antes que perguntam e me rotulam de ‘Bolsominion’, quero deixar claro que não sou partidário e nem filiado a nenhum partido e meu voto no primeiro turno foi para Álvaro Dias, – com isso estou cometendo um erro, revelando o sigilo do sufrágio.

Mas quero falar mesmo é do fenômeno Jair Bolsonaro, eleito presidente do Brasil, que em seus bordões reforçava a ideia de que era o único capaz de romper o sistema político vigente. Inteligentemente percebeu o cansaço dos brasileiros com o toma-lá-da-cá da velha política, com a corrupção, a violência, a falência da saúde e uma educação doutrinária. A partir daí, estruturou sua campanha de forma inovadora: pelas redes sociais, exclusivamente. A ascensão e eleição de Jair Bolsonaro à presidência da república retiraram “das salas de jantar” e trouxe ao plano público um pensamento conservador que vinha fermentando no Brasil e encontrou no candidato do PSL seu porta-voz. Bolsonaro também eliminou a figura do “marqueteiro”, aquele que recebe milhões para mentir e destruir o adversário.

A sociedade clamava, por se opor a essas mudanças progressistas que invadiram o país há 16 anos, mas não tinha uma voz para dizer isso. Bolsonaro capitou politicamente o que essas pessoas pensavam silenciosamente e usou como sua principal bandeira de campanha. E vejam aí o resultado!

Essa rejeição a esses avanços com viés socialistas se dava nas reuniões de famílias, nas igrejas e no cotidiano dos mais conservadores, só não tinha um porto seguro. Bolsonaro abriu caminho para as pessoas expressar isso abertamente.

Entendo que as eleições presidenciais de 2018 marcarão o início de um novo governo no Brasil, depois de 16 anos de governos ideologicamente socialistas. A escolha de um novo chefe do Executivo leva novamente muita esperança aos brasileiros, que esperam ver solucionados diversos problemas que os afetam – dos altos índices de criminalidade, a corrupção, e a elevação galopante do desemprego. Bolsonaro também quebrou a polarização de três décadas entre PSDB e PT na corrida presidencial, a sua vitória reflete sem dúvida a repulsa da maior parcela da população brasileira ao projeto de poder que comanda o país há 16 anos, alicerçado em meio a sucessivos escândalos de corrupção e à pilhagem dos cofres públicos nos últimos anos. Não foi atoa que, o líder máximo do partido dos trabalhadores, tentou a exaustão comandar a campanha do afilhado político, de dentro da prisão.

O radicalismo nas ruas e nas redes sociais foi à marca desta campanha eleitoral, que entrará para a história como a mais acirrada desde a redemocratização e cujo ápice foi o imperdoável atentado contra o próprio presidente eleito, na época candidato, esfaqueado durante um ato de campanha na cidade de Juiz de Fora.

Além da derrota do seu principal opositor, as eleições deste ano impuseram um duro golpe às velhas raposas tradicionais da política e aos partidos acostumados a dar as cartas na política pelo país. Muitos foram varridos das urnas pelo efeito da Operação Lava Jato. Outros acabaram alijados da vida pública pelo esgotamento do até então tolerante eleitor brasileiro. Por fim resta-nos acreditar que, a partir de primeiro de janeiro possamos ter efetivamente um novo Brasil. É isso que eu quero, é nisso que acredito e desejo uma ótima gestão para o novo presidente, consequentemente teremos um país melhor!

 

 


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