Médico agride vereador em Cotegipe

REGI-72
Da Redação

Diferente do que foi divulgado por blogs e alguns veículos de comunicação da região, o vereador Reginaldo da Mota Alcântara, procurou a redação deste jornal para dar a sua versão do caso de agressão que envolveu o médico. Segundo Reginaldo Mota, a verdade dos fatos ocorrida na madrugada do dia 6 de dezembro, por volta da meia-noite, foi a seguinte:

“Vinha de Barreiras para Cotegipe quando minha mulher passou muito mal nas mediações de Cristópolis. A convenci de vir para o hospital de Cotegipe, pois já estávamos perto de casa. Chegando ao hospital, que é de atendimento de emergência, o portão de entrada estava fechado com cadeado. Chamei por alguém, logo apareceu um vigilante, perguntei se tinha médico de plantão, e o homem afirmou que sim. Pedi que chamasse o médico, pois se tratava de uma situação de emergência. O porteiro, por sua vez, disse que não ia chamá-lo, mas que ia acordar a técnica de enfermagem. 20 minutos depois de esperar, apareceu a técnica. Ela sentou-se nas cadeiras da recepção e pediu que eu entrasse com a minha mulher. Aleguei que ela estava impossibilitada de andar, pois sentia fortes dores e podia sofrer um desmaio. A técnica respondeu, categoricamente, “só atendo se ela vier até aqui, do contrário não vou atender”. No momento da aflição, esqueci de perguntar se tinha uma cadeira de rodas, eu, minhas filhas e outra pessoa, que estava conosco, carregamos minha esposa para dentro da recepção do hospital sob os olhares inertes da técnica de enfermagem e do porteiro. Acomodada na recepção a técnica tentou aferi a pressão, mas devido estar com muito sono, nem acertou, disse que primeiro tinha que fazer a ficha para depois ser atendida. Pedi que ela desse algum remédio para aliviar a dor, mas a técnica negou dizendo que “só o médico poderia fazer isso”. Pedi então que chamasse o médico, pois já havia demorado mais de 40 minutos. Nesse intervalo, o porteiro disse que não podia chamar o médico, já que ele estava no conforto dele (pasmem) foi quanto eu levantei a voz e disse a seguinte expressão: “Dr. Cezar, faça o favor de acordar, pois tem uma emergência aqui na recepção para o senhor atender”. Minutos depois, o médico veio e, ao me ver, já foi gritando, “eu não sou seu empregado”.  Eu respondi – “não só meu, mas de toda população cotegipense e é seu dever fazer o atendimento a mulher”.  O médico,  truculento, disse:  “eu atendo quem eu quiser, quando eu quiser e na hora que eu quiser”. Ai, eu retruquei – “o senhor vai atendê-la agora, você é o médico”. Ele logo respondeu – “não atendo”. Foi ai que falei – “então sou obrigado a lhe dar voz de prisão por omissão de socorro”. O médico não gostou e me agrediu com um soco na cara. Eu pedi para chamar a polícia e, apesar da demora, a polícia levou os três para o Complexo Policial de Barreiras e pediu que eu fosse no meu carro para assinar o pedido de prisão deles. Segundo informações, o médico se arranhou com as próprias unhas para tentar me incriminar. Já fiz o exame de corpo delito.  Eu vou levar o caso do médico e da enfermeira para o Cremeb e o porteiro para as autoridades judiciais e municipais, porque corroborou com a omissão de socorro”, esclareceu Reginaldo.


Compartilhe:

Comentários: