Hospital do Oeste exige respeito

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Por Dr. José Barbosa – Médico Diretor do Corpo Clínico do HO

Quem não se lembra como era a saúde na região antes da existência do Hospital do Oeste? Pacientes encaminhados para o Hospital de Base em Brasília ou Salvador. Os que possuíam recursos viajavam de UTI aérea, porém, aos necessitados sobrava uma verdadeira peregrinação.

A implantação do HO em 2006 acabou com esse sofrimento. Por isso, tenho honra em fazer parte da equipe que diariamente salva muitas vidas. Só para ter noção, em 10 anos de existência já foram realizados seis milhões de atendimentos e mais de 30 mil cirurgias.

Administrado pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), uma instituição que existe há 60 anos e também gerencia outros grandes hospitais na Bahia, o HO é referência para região e outros estados. Claro que é necessário avançar mais, o hospital possui carências e precisa de maiores investimentos do estado e municípios.

ho2Todavia, devemos fazer uma distinção entre Alta Complexidade X Atendimento Básico. O HO é um hospital de alta complexidade, isso significa que nele deveriam ser feitos somente atendimentos que exijam recursos tecnológicos avançados e competência médica multiprofissional.

Já a atenção básica é dever dos municípios. Quando um paciente com gripe ou um pequeno corte, por exemplo, não consegue atendimento na Rede Municipal sua literal salvação é ir para o HO, o que superlota o hospital. Mesmo assim, cumprimos o nosso dever social e atendemos à população.

No entanto, infelizmente, percebemos uma tentativa frustrada de denegrir os anos de história das Obras Sociais de Irmã Dulce em Barreiras. O que deixa evidente que interesses pessoais se sobrepõem a vida e ultrapassam a barreira da fantasia, tentando transformar “mocinhos” em “vilões”.

Por que nunca vimos uma matéria sobre o suporte que o hospital precisa para funcionar melhor? Ou das especialidades médicas oferecidas exclusivamente no HO? Sobre o atendimento especial na casa dos pacientes? (Algo realizado por poucos hospitais no Brasil). Sobre o atendimento fisioterápico? As vidas salvas pela UTI pediátrica? Os equipamentos médicos doados às famílias carentes… Enfim, isso é no mínimo estranho.

Amor, serviço e persistência para ajudar aos mais pobres e doentes é nossa filosofia. Tentar manchar a imagem dessa instituição, sem provas, não é somente uma falta de respeito aos nossos profissionais e sim a todos os barreirenses.

“Obra de Deus não se interrompe, porque Ele não permite. Se foi Deus quem construiu o hospital, por que haveria de sofrer interrupção? Eu nada fiz, porque nada sou. Quem faz tudo é Deus, nunca se esqueça disso”, Irmã Dulce.


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