MEC quer reforço de matemática e português no ensino fundamental

Total de alunos que podem ser beneficiados não foi estimado. Ministério prevê atender entre 15 a 40 mil escolas com verba de R$ 400 milhões em 2017.

Resultado de imagem para mecO Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta semana que pretende, por meio do Programa Novo Mais Educação, apoiar financeiramente escolas que desejam dar aulas de reforço de matemática e de português no ensino fundamental em 2017. Na prática, a verba destinada às escolas serviria para bancar horas extras de professores das duas disciplinas.

O MEC diz ter reservdo R$ 400 milhões para aplicar no programa no próximo ano. Questionado pelo G1, o MEC afirmou que não há previsão de contratação de mais professores para atender às necessidades do reforço escolar. Não há previsão de quantos alunos poderão ser beneficiados pela medida e nem se o programa será renovado nos próximos anos.

O MEC afirma que o desempenho das escolas públicas no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) é uma das razões para as aulas de reforço. Ele cita que 24% das escolas de ensino fundamental, nos anos iniciais (1º ao 5º ano), não alcançaram a meta em 2015, e que 49% dos colégios nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) também não atingiram o objetivo previsto.

O país tem atualmente 22,4 milhões de alunos nesta faixa de ensino na rede pública, sendo que 10% já estudam em tempo integral e estão fora do público alvo do programa. De acordo com dados de 2014, os últimos disponíveis, o país investiu R$ 5,9 mil por ano em cada aluno do ensino fundamental.

Adesão

O programa entrará em vigor em 2017 e pode afetar de 15 mil a 40 mil escolas, priorizando as que têm piores índices educacionais e que ocupam regiões vulneráveis. De acordo com o MEC, as escolas que optarem por participar da iniciativa poderão escolher entre acrescentar 5 ou 15 horas à jornada semanal dos alunos.

Se optarem por adicionar 5 horas, os alunos terão atividades extras de acompanhamento pedagógico em português e matemática, logo antes ou depois do turno em que já estudam, ou concentradas apenas em alguns dias da semana, no contraturno. Caso escolham a ampliação de 15 horas, as crianças e jovens ficarão em período integral no colégio, todos os dias.

A escola receberá auxílio financeiro dependendo do número de alunos que incluirá no programa e da carga horária que escolher para a atendimento (5 ou 15 horas semanais).

Segundo o ministério, as secretarias estaduais, municipais e distrital poderão aderir à iniciativa a partir do dia 17 de outubro – a previsão é que o processo de seleção de colégios seja concluído em novembro deste ano. O programa ocorrerá de março a novembro de 2017.

Período integral

Em outro nível de ensino, a iniciativa de implementar o período integral nas escolas é discutida recentemente para o ensino médio, desde o anúncio da medida provisória, em 22 de setembro. O governo chegou a lançar um programa para apoiar até 572 escolas que pretendam ampliar a carga horária nesta faixa de ensino.

A MP pretende, entre outros itens, aumentar a carga horária das escolas de forma progressiva, até atingirem 1,4 mil horas anuais. A meta, segundo o ministro da Educação Mendonça Filho, é que 500 mil jovens tenham jornada estendida até dezembro de 2018.

A reforma do ensino médio foi alvo de polêmica e recebeu 567 emendas de deputados e senadores, que pretendem alterar o conteúdo da proposta. A MP precisa ser aprovada na Câmara e no Senado em até 120 dias, contados a partir de sua publicação, no mês passado.

Fonte: G1

http://g1.globo.com/educacao/noticia/mec-amplia-carga-horaria-do-ensino-fundamental-em-matematica-e-portugues.ghtml


Compartilhe:

Comentários: