No próximo dia 22 de abril, o mundo comemora o dia da Terra. A iniciativa começou nos anos 70, a partir das ações do senador norte americano Gaylord Nelson, em prol do meio ambiente. Já naquela época, ele reuniu entidades e ativistas com o intuito de pensar o futuro do planeta.

Quase 50 anos depois, continuamos a ver os governos, as empresas e a população esbanjando o consumo de plástico, papel e diversos produtos que demoram pra serem destruídos pela natureza, causando um acúmulo de lixo absurdo. O mar já não agüenta mais tanto lixo, sobretudo o plástico.

Todos os dias, as redes sociais e os meios de comunicação invadem nossas telas com imagens de animais mortos, com o estômago cheio de lixo. Baleias encalhadas, animais fotografados asfixiados com sacos plásticos, tartarugas deformadas com anéis de metal em seus cascos, pássaros com anilhas plásticas prendendo seus bicos.

E tudo isso só tende a piorar, já que a grande maioria das pessoas ainda não se deu conta de que é preciso melhorar o consumo e o descarte de diversas embalagens. Algumas cidades começaram a se mobilizar e diminuir, ao menos, o consumo e a venda de canudos plásticos, por exemplo.

O cidadão pode achar pouco, mas são nos pequenos atos que resultam gigantescos ganhos para o meio ambiente. O consumo global de canudos gera toneladas de plástico e a maior parte dele vai parar no oceano. O glitter, que sempre faz tanto sucesso no carnaval, fica impregnado na carne de peixes e crustáceos consumidos pela população.

O papel, grande vilão que sempre destruiu florestas inteiras, também pode ser evitado. Será que você precisa de todos aqueles comprovantes de compra com cartão impressos? Quase todas as empresas enviam os recibos por email. Pagamentos feitos por aproximação também evitam papeis desnecessários.

Vai jogar na loteria? Que tal apostar via internet e ficar com um comprovante virtual em seu celular, ao invés de gastar mais papel? Tudo isso porque ainda nem se falou da maior vilã de todas, as famigeradas sacolinhas de plástico dos mercados e lojas.

Qualquer compra gera uma quantidade gigantesca de plástico desnecessário. E as sacolas vão acumulando em suas áreas de serviço até que as pessoas jogam todas fora, de uma só vez. Algumas companhias elétricas, Brasil afora, já estão fazendo alguns programas de recolhimento deste lixo em troca de desconto das tarifas.

Organizações não governamentais realizam mutirões de recolhimento de lixo nas praias porque o cidadão comum continua a jogar tudo na areia. Garrafas plásticas, sacolas, latas, maços de cigarro, espetinhos, tudo é deixado na areia da praia indiscriminadamente, aumentando o problema.

Além do lixo ocasional, nas praias, nem se precisa falar sobre o lixo comum, abandonado em áreas que problemáticas que, na primeira chuva mais forte, inundam as ruas com vários bueiros entupidos, e muita gente perde bens, saúde e até mesmo sua própria vida.

O dia da Terra é um momento em que se para e pensa sobre estes e diversos outros problemas que a sociedade enfrenta conjuntamente, como habitantes do planeta azul. Quando se fala em jogar lixo fora, na verdade não há fora. Tudo é dentro! Dentro da Terra.

Se não se pensar globalmente, sempre vai haver problemas em lugares distantes que poderão atingir o Brasil, por exemplo. Uma borboleta batendo as asas no Japão pode afetar o clima no deserto do Saara, já diria o anunciado do conhecido “Efeito borboleta”.

O melhor presente que se pode deixar para as futuras gerações é cuidar com amor do planeta em que se vive agora!

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