Prefeitura de São Félix do Coribe implanta projeto de Educação Inclusiva

Primeiro Encontro de Educação Inclusiva 2017 ocorreu no dia 05 de maio. O evento apresentou novas práticas de ensino

Fotos: Jayme Modesto

 

Jayme Modesto

O município de São Félix do Coribe, no Oeste da Bahia, recebeu no dia 05/05, o 1º Encontro de Educação Inclusiva 2017, com o tema: “Técnicas inclusivas no relacionamento com pessoas com deficiência”. O evento foi realizado na Escola Agnelo Braga, das 08h30min às 17h30min.

A programação teve início com a palestra “Entendendo o universo das pessoas com deficiência”, com o presidente Nacional do Instituto Blind Brasil, Charles Jatobá Queiroz Santana. “Os pais devem se sentir parceiros neste desafio, até porque os pais com filhos com necessidades especiais não recebem treinamentos para serem pais especiais. Aprendem fazendo pelo simples fato de precisarem fazer”, afirmou Charles Jatobá.

Durante o seminário, a Prefeitura de São Felix do Coribe, através da Secretaria de Educação do município, implantou o projeto de Educação Inclusiva, para que a criatividade e espírito crítico sejam exercidos nas escolas, por professores, administradores, funcionários e alunos, para o exercício da plena cidadania.

De acordo com o prefeito Jutahy Eures Ribeiro, o evento teve o objetivo de apresentar novas práticas de ensino e oferecer um suporte específico  para os profissionais que atuam com alunos com deficiência. Segundo ele, o intuito é tornar a escola um espaço democrático que acolha e garanta o acesso, a permanência e o desenvolvimento de todos os alunos sem distinção social, cultural, étnica, de gênero ou em razão de deficiência e características pessoais.

“É de suma importância desenvolver trabalhos como esse principalmente em cidades que as pessoas têm tão pouco acesso a educação. Com relação ao tema de hoje, percebemos que atualmente, somente a APAE tem dado um suporte a essas pessoas com deficiências, no entanto abraçamos essa causa e estamos desenvolvendo um trabalho de inclusão dessas pessoas em nossa sociedade, por entender que eles precisam ser tratados de forma igualitária e não diferenciada como sempre foram”, disse o prefeito, destacando ainda que é preciso trabalhar por uma escola inclusiva, rompendo barreiras já construídas em relação às pessoas com deficiência, garantindo igualdade de direito para todos, promovendo atividades junto aos professores, viabilizando a formação em serviço, assegurando-lhes a informação de que necessitam para trabalhar com os alunos com necessidades educativas especiais.

O prefeito Chepa Ribeiro, informa ainda, que o projeto também tem como finalidade atingir o maior número de pessoas dentro do contexto escolar. A proposta é de que seja executada ainda dentro do ano letivo de 2017, configurando-se assim, como mais uma proposta e não a última de tornar real o processo de inclusão nas escolas que se propõem a ensinar princípios. “Nosso sonho é fazer parte da construção de uma sociedade inclusiva, que garanta a igualdade de direitos e valorize as diferenças humanas”, disse o prefeito.

Para o secretário de Educação Noel Antônio Souza, é preciso possibilitar ao aluno, o reconhecimento e a valorização da diversidade, vivenciando situações diferentes de construir conhecimentos e conviver com novas formas de comunicação.

“O nosso projeto Educação Inclusiva, tem o intuito de abrir espaços para todos, dando oportunidades iguais. Percebemos que os alunos com deficiências, normalmente são tratados como ‘coitadinhos’, e eles não podem ser vistos dessa forma. Eles precisam ser tratados de forma igualitária, tendo as mesmas oportunidades, as mesmas condições, esse é o pensamento da atual gestão”, frisou Noel.

Conforme o secretário, esse projeto será levado para as escolas, inclusive com a implantação da primeira Biblioteca Pública do Interior da Bahia, em São Félix. “Através de um levantamento, identificamos que temos mais de 40 alunos com alguma deficiência. Com essa biblioteca não iremos trabalhar apenas a parte teórica, mas tem como objetivo solucionar problemas do dia-a-dia, pois junto com essa biblioteca será implementada também a “Casa do deficiente”, que irá auxiliar as pessoas com deficiência, quanto a atividades que podem ser desenvolvidas por cada um, para que eles possam desenvolver suas capacidades tornando-os assim mais independentes”, explicou o secretário evidenciando que a educação inclusiva é uma tarefa muito importante para ser executada por todos. “Todos devem fazer parte desse processo, desempenhando cada um o seu papel”.

Objetivo

O objetivo do projeto é preparar e organizar o espaço escolar para acolher os alunos, – público alvo da educação especial, objetivando contribuir para seu desenvolvimento, mediante atividades que promovam a conscientização, a socialização e a interação. Promover a conscientização e socialização dos discentes, docentes e pais no espaço escolar. Promover a interação entre os alunos de diferentes níveis intelectuais e/ou outras dificuldades de outra natureza, através da inteiração, cuja temática é a inclusão de um deficiente intelectual no ambiente escolar. Confrontar a realidade dos alunos diante de atividades vivenciadas cotidianamente por pessoas com deficiência física e visual de como transpor barreiras arquitetônicas como calçadas, paredes e terrenos acidentados.

Programação

Além da palestra com Charles Jatobá, os participantes também tiveram um momento cultural com apresentações. Na oportunidade, foram frisados importantes instrumentos normativos garantidores de direitos como: Lei Brasileira da Inclusão; Convenção Internacional das Pessoas com deficiência; Legislações pertinentes à acessibilidade; Como todos podem contribuir no processo inclusivo das pessoas com deficiência.

No período da tarde, oficina de braile com Charles jatobá, e oficina de libras com Raylane Rafaelle Rodrigues.


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