Projeto das Mulheres do Agro expande alcance em 2023 e beneficia quase 12 mil estudantes em Barra, no Oeste da Bahia

Com pilares como a valorização da agricultura familiar e o incentivo à arte e cultura, o Algodão que Aquece finalizou as visitas às comunidades rurais do município baiano em julho


Quase um mês vivenciando a realidade da agricultura familiar do Oeste da Bahia e levando oportunidades de aprendizado e desenvolvimento para toda a comunidade. Uma experiência enriquecedora e repleta de desafios. Assim foram descritos os últimos dias da caravana formada pelas integrantes do Núcleo das Mulheres do Agro do Oeste da Bahia e seus convidados, que participaram em julho das visitas do projeto Algodão que Aquece, desenvolvido pelo sexto ano pela organização. A iniciativa beneficiou 11.992 estudantes do município de Barra.

Ao todo, o projeto envolveu 582 professores e 387 servidores da rede municipal de ensino, composta por 70 escolas. As produtoras rurais e empresárias ligadas ao agro que compõem o Núcleo, acompanhadas de patrocinadores e representantes de empresas apoiadoras do projeto, viajaram cerca de três mil quilômetros desde o dia 10 de julho para realizarem as visitas.

“Pela primeira vez, o projeto conseguiu chegar em cada uma das escolas do município, incluindo zona urbana e rural. Conhecemos de perto a realidade da produção rural e das riquezas de Barra, fazendo um verdadeiro intercâmbio de ideias, conhecimento e valores. Foi uma experiência única e que nos permitiu expandir ainda mais o alcance do Algodão que Aquece”, descreve a presidente do Núcleo das Mulheres do Agro, Suzana Viccini.

Durante as entregas, foram entregues os agasalhos 100% algodão para os estudantes, foco inicial do projeto, e executada ainda uma proposta pedagógica elaborada junto à Secretaria de Educação de Barra, incluindo apresentações culturais e artísticas.

Barra: uma terra de riquezas e de oportunidades

Executado desde 2018, o Algodão que Aquece já atendeu crianças e jovens de diversos municípios baianos: Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves, Santana, Mansidão, Angical, Formosa do Rio Preto e Correntina. Em 2023, a cidade de Barra recebeu o projeto pela primeira vez.

Quarto município mais populoso do Oeste da Bahia com mais de 11 mil km² de área territorial, Barra fica localizada no encontro entre os rios Grande e São Francisco, formando assim um solo rico e uma região repleta de recursos propícios ao desenvolvimento da produção rural. “Em Barra, conseguimos ampliar ainda mais o alcance do Algodão que Aquece para a valorização da agricultura como um todo, dando visibilidade e incluindo as culturas que vimos sendo trabalhadas na cidade, como mandioca, cana, cebola, uva e frutas em geral. Nos aproximamos também da pecuária, muito forte no município. Nosso propósito foi mostrar ao setor produtivo do nosso estado que aqui em Barra temos potencial e recursos que podem e precisam ser desenvolvidos”, afirma Suzana Viccini.

Com a grande diversidade de culturas e um solo fértil, a cidade deve se tornar um grande polo produtor nos próximos anos, construindo uma agricultura mais tecnificada e garantindo emprego e renda para as famílias e oportunidades para o setor produtivo. De acordo com o Núcleo, as iniciativas de empreendedores rurais da região podem gerar ainda muito desenvolvimento para a agroindústria, sendo sanadas as dificuldades enfrentadas atualmente em relação à logística e certificação dos produtos.“Pudemos conhecer os desafios, mas acima de tudo, conhecemos o potencial destes pequenos grandes produtores”, destaca a presidente do Núcleo.

 “Ver nosso município recebendo o projeto é muito importante para nós. As sementes começam a ser plantadas entre nossos estudantes e com certeza irão gerar muitos frutos”, afirma Vanusia Dourado, secretária de educação de Barra.

 O projeto: cultura, educação e arte

Durante as visitas às comunidades e escolas, foram apresentadas informações seguras e esclarecedoras acerca do setor produtivo baiano e desenvolvidos trabalhos escolares definidos pelos professores seguindo a temática. Mestres, coordenadores e alunos vivenciaram novas experiências em sala da aula e vão ainda concorrer a prêmios no concurso dos trabalhos realizados, que estarão sendo avaliados até o mês de outubro.

Além do pilar educacional, a valorização das expressões artísticas e da cultura popular nas comunidades atendidas pelo Algodão que Aquece também foi priorizada em Barra. A animação cinematográfica “Nina e Cadu e o Mundo de Algodão” trabalhada nas escolas, utilizou a técnica audiovisual para abordagem pedagógica, unida à apresentação da peça teatral itinerante “Nina e Cadu em A Fantástica Busca pela Caliandra Perdida”.

“A peça apresentada por artistas locais visita cidades e comunidades abraçadas pelo projeto desde o ano passado. Em Barra, conseguimos através dela levar cultura, diversão e arte para um público que muitas vezes não tem acesso a estas iniciativas”, conta Suzana Viccini.

A apresentação da peça e todas as ações executadas pelo Núcleo na cidade receberam apoio e acompanhamento da prefeitura municipal, que abraçou o projeto e acredita que o Algodão que Aquece é uma forma de mostrar novas possibilidades e uma nova visão de mundo para os moradores de toda a região, envolvidos ou não no setor produtivo.  “Cada dia e cada momento promovido pelo projeto encantaram e com certeza promoveram uma importante transformação na vida das pessoas”, opina a secretária de educação Vanusia Dourado.

Apoio

Executado pelo Núcleo das Mulheres do Agro do Oeste da Bahia, o Algodão que Aquece 2023 conta com apoio do Fundesis – Fundo para o Desenvolvimento Integrado e Sustentável da Bahia, JCO, Bauer, Fibermax, Fundesis, J&H Sementes, Cia Seeds, Parizzi, Zanotto Cotton, Sementes Multiplicar, Cavalo Marinho, Instituto SLC, Alper Seguros, Cargill, Abapa, Nossa Fendt, Sumitomo Chemical, FMC, Amasolo, HD Soluções Inovadoras, Volvo/Gutemberg, Fertipar, Cooperbarra e Jaraguá Bahia.


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